domingo, 18 de agosto de 2013

"Christopher McCandless tinha um futuro promissor: licenciado na Universidade de Emory, vinha de boas famílias e preparava-se para seguir Direito. Aos 22 anos, parecia ter o mundo nas mãos. Mas não era este “mundo” que ele queria. Farto de uma sociedade cada vez mais materialista, Chris largou tudo e partiu sozinho para as regiões selvagens do Alasca. Sobreviveu durante 112 dias, até acabar por morrer à fome no dia 18 de Agosto de 1992. (...)

Christopher McCandless
Em 1990, Christopher McCandless terminou o curso na Universidade de Emory, doou todo o seu fundo universitário (cerca de 18 mil euros) à organização Oxfam e escreveu uma última carta aos pais. De seguida, conduziu em direcção a Atlanta, deixou o carro numa floresta, queimou todo o dinheiro que tinha e escreveu no seu diário: “Eu não preciso de nada. Eu consigo sobreviver apenas com a natureza."

Com apenas 22 anos, Christopher McCandless decidiu abandonar a civilização. Adoptou o nome de Alexander Supertramp e durante dois anos viajou pelo México e Estados Unidos - até decidir aventurar-se pelas regiões selvagens do Alasca. Com pouco mais do que uma máquina fotográfica e uma espingarda, Chris sobreviveu durante 112 dias, até acabar por morrer à fome no dia 18 de Agosto de 1992. Só foi encontrado algumas semanas depois.

Foi visto vivo pela última vez em Abril de 1992 por Jim Gallien, que lhe deu boleia para Stampede Trail. Na mala, “Alex” não tinha mais do que 4 quilos e meio de arroz, alguns livros, uma máquina fotográfica, uma espingarda de calibre 22 e várias caixas com cartuchos. Gallien ainda tentou dissuadi-lo, mas em vão: McCandless estava determinado em deixar a civilização. Estava farto de uma sociedade hipócrita e materialista. Ainda assim, aceitou um par de botas, duas sandes de atum e um pacote de batatas fritas.

Ao longo da viagem, McCandless foi escrevendo continuamente no seu diário. No início de Maio encontrou um autocarro abandonado, usado antigamente pelos caçadores como abrigo. “Liberdade total”, escreveu. “A minha casa é a estrada.”


Mas o sonho de uma “odisseia pelo Alasca” estava prestes a tornar-se num pesadelo. Era cada vez mais difícil encontrar comida. A sua alimentação era à base de esquilos, aves, gansos, e às vezes um alce que conseguia caçar; à parte disso, ia colhendo batatas e cogumelos selvagens, e bagas. Começou a perder peso muito rapidamente. A 30 de Julho, escreveu: “Extremamente fraco. Culpa da semente de batata. Esfomeado. Perigo.” O mais provável é que tivesse ingerido uma semente envenenada. Sem conseguir ir muito longe para procurar comida, a 5 de Agosto escreveu: “Estou encurralado na selva.”

Cada vez mais fraco, Christopher McCandless acabou por morrer à fome. Uma das últimas coisas que fez foi tirar uma fotografia a si próprio. Com um sorriso corajoso no rosto, posou para a câmara com a sua última nota no diário numa mão, e a outra levantada a despedir-se. No dia 12 de Agosto, escreveu pela última vez no diário: “Lindos mirtilos.” De acordo com a autópsia, terá morrido dias depois, a 18 de Agosto.

Poucas semanas depois, mais precisamente no dia 6 de Setembro de 1992, o seu corpo foi encontrado já em decomposição por um caçador da região. De acordo com os registos do seu diário, Christopher sobreviveu 112 dias na selva."


jornal sábado



Bem, depois de tudo isto e de ver o Into the wild mais de 10 vezes e chorar em todas, digo-vos, do mais sincera possivel: é o meu sonho. Chamam-me de estranha por eu desejar uma morte solitária. mas na verdade, nao morremos todos sozinhos ? para quê dar tanta importância à morte se nem sabemos viver? 

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